Por isso, não podia deixar de fazer aqui referência a um texto que o meu amigo Alex publicou no seu blog. Gostei muito do texto, e para mim faz bastante sentido. Espero que gostem e vos possa tocar um bocadinho no vosso coração!
"«A vida sorri-te?» Foi assim que um destes dias um amigo me cumprimentou. Eu, talvez por ser uma segunda-feira de manhã, talvez por ter acordado mal disposto, ou talvez por outros motivos, disse-lhe que nem por isso. «Deixa lá, respondeu ele, se a vida não te sorri, sorriem-te os amigos!»
Esta resposta deixou-me a pensar e fez-me lembrar o que a prendi na Teologia sobre a acção de Deus. Deus age através das causas segundas; Ele não se manifesta directamente às pessoas, mas manifesta-se a elas a partir de outras pessoas e dos acontecimentos do mundo que as rodeiam. Mesmo a partir dos acontecimentos mais simples… como um sorriso. E a importância de um sorriso é tal que, se metade do mundo sorrisse, a outra metade sentir-se-ia imediatamente aliviada dos fardos e dos pesos que carrega às costas.
Sabendo nós que Deus é fiel e que age através das causas segundas, podemos ter a certeza de que Ele está presente na nossa vida. O nosso coração está firme na certeza de que Deus está presente em todos os momentos da nossa vida, particularmente nos momentos mais difíceis; o nosso coração está firme na certeza de que Ele ilumina o Seu rosto para nos dar esperança, coragem e ânimo; o nosso coração está firme na certeza de que Deus está pronto para nos ajudar, convertendo o luto em alegria e a tristeza e a dor em consolação e júbilo, como nos diz o profeta Jeremias (cf. Jer 31,10-14).
Esta presença de Deus em coisas tão simples como um sorriso é para nós interpeladora. Por um lado, porque sendo nós candidatos a mensageiros de Deus – aliás, somo-lo já de facto – devemo-nos esforçar por O levar aos outros sempre que temos oportunidade, e mesmo através das formas mais simples... como um sorriso franco e sincero, que não é falso como aqueles sorrisos de marketing que usamos para impingir aos outros, de forma disfarçada, a nossa própria vontade. Por outro lado, interpela-nos a reconhecer no sorriso dos outros, particularmente no daqueles que nos amam, a luz verdadeira do Senhor Jesus que está presente em todos os momentos da nossa vida e nos oferece os seu sorriso doce e sincero... mesmo quando a vida não nos sorri."
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